As dezenas de milhares de cabo-verdianos que tiveram de passar pela provação de acompanhar o jogo dos Tubarões Azuis pela rádio devem ter notado em algo curioso quando Tony Varela se preparava para entrar em campo, substituindo Dady: os radialistas não faziam ideia de qual a posição em que joga o Tony Varela. Reagiram à sua ingnorância como se fosse algo normal e passaram a batata quente para o repórter de campo, que lá conseguiu desvendar o "mistério"
Todos nós, sejamos ainda estudantes ou já trabalhadores, somos obrigados a trabalho prévio antes de realizarmos qualquer tarefa. Custava muito aos senhores da RCV terem dado um pulo à internet e conferido as caraterísticas do médio defensivo cabo-verdiano que atua na Holanda? O dever desses profissionais é prestar um bom serviço aos ouvintes, e para isso dá jeito que conheçam a Seleção Nacional.
Outro pormenor negativo no relato foi que, durante os 90 minutos, pouco ou nada se falou da organização tática da Seleção. Mas afinal, como estavam posicionados os jogadores do meio-campo? Havia um duplo-pivot Marco/Ronny? Ou seria o Babanco a estar no meio e Ronny descaído? O fato é que essas informações não nos foram prestadas pelos radialistas, ou seja, não cumpriram com aquilo que lhes é exigido.
Mais tarde, quando Zé Luís e Héldon coexistiam em campo, ninguém soube explicar aos ouvintes se Cabo Verde estava a jogar com dois avançados em cunha ou se Héldon estaria a jogar nas costas de Zé Luís, cenário que, a meu ver, terá sido o mais provável.
Uma simples questão de competência, ou falta dela. Algo que não é raro acontecer em sociedades onde o amiguismo, o compadrio e o nepotismo fazem parte do quotidiano.
2 comentários:
Completamente de acordo.
Numa sociedade onde o amiguismo, o compadrio e o nepotismo reina, quem quer dar o seu melhor ou deixar que os outros mais competentes e que tem força de vontade façam?
Saudações
Carlos da Cruz
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